RESUMO A alface se destaca como a principal hortaliça folhosa consumida no Brasil apresentando divergência para adaptabilidade a diferentes condições ambientais, entre as quais a salinidade. O trabalho teve, como objetivo, avaliar as respostas de cultivares de alface ao uso de água salina residuária da atividade da piscicultura. O experimento foi desenvolvido sob delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições, em esquema fatorial 7 x 4 sendo sete cultivares (Regiane, Vera, Isabela, Elisa, Amélia, Lavínia e Angelina) e quatro níveis de salinidade (1,2; 2,2; 3,2 e 4,2 dS m-1). As características avaliadas foram: número de folhas, área foliar, diâmetro da coroa, massa fresca e seca da parte aérea. Verificou-se que a água residuária da piscicultura diluída pode ser utilizada na irrigação da alface cultivada em vasos. As cultivares Regiane e Elisa apresentaram maior emissão de folhas e área foliar e as cultivares Amélia e Angelina foram as mais produtivas em termos de biomassa. As cultivares Vera, Isabela, Amélia e Angelina se mostraram mais tolerantes à salinidade da solução de fertirrigação.

ABSTRACT Lettuce stands out as the main leafy vegetable consumed in Brazil, with divergence regarding adaptability to different environmental conditions, which include salinity. The objective of the work was to evaluate the response of lettuce cultivars to the use of saline wastewater from fish farming. The experiment was conducted in a completely randomized design with four replicates, in a factorial 7 x 4, corresponding to seven cultivars (Regiane, Vera, Isabela, Elisa, Amelia, Lavinia and Angelina) and four salt concentrations (1.2, 2.2, 3.2 and 4.2 dS m-1). The evaluated characteristics were: number of leaves, leaf area, crown diameter and shoot fresh and dry matter. Diluted wastewater from fish farming can be used in the preparation of solution for fertigation of lettuce. The cultivars Regiane and Elisa had higher production of leaves and leaf area, while Amélia and Angelina were the most productive in terms of biomass. The cultivars Vera, Isabela, Amélia and Angelina were more tolerant to the salinity of the fertigation solution.

RESUMO O conhecimento da fisiologia da germinação em locais salinos pode contribuir para o desenvolvimento do manejo e da escolha adequada das áreas de plantio. Com isto objetivou-se avaliar o efeito do estresse salino e temperaturas na germinação e vigor de sementes de catanduva (Piptadenia moniliformis Benth.). O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com os tratamentos distribuídos em esquema fatorial 3 x 6 (temperatura x potencial osmótico) em quatro repetições de 25 sementes. Para tal, as sementes foram colocadas para germinar nas temperaturas constantes de 25, 30 e 35 °C e semeadas em substrato de papel toalha umedecido com água destilada (0,0) e soluções de NaCl a -0,2; -0,4; -0,6; -0,8 e -1,0 Mpa; as variáveis analisadas foram a porcentagem e o índice de velocidade de germinação, comprimento de plântulas (raiz e parte aérea) e massa seca total; as sementes de P. moniliformis germinadas sob temperaturas de 25 e 30 °C suportam concentrações salinas com potencial osmótico de até -0,6 MPa sendo que a partir de então ocorre diminuição progressiva da qualidade fisiológica das plântulas.

ABSTRACT The knowledge concerning the physiology of germination in saline areas may contribute to the development of more efficient cultural practices and adequate choice of planting areas. Thus, the objective of this study was to evaluate the effects of saline and temperature stress on germination and vigor of Piptadenia moniliformis (a species known in Brazil as "catanduva") seeds. The treatments were distributed according to a completely randomized design in accordance with a 3 x 6 factorial arrangement (temperature x osmotic potential), with four replicates of 25 seeds each. The seeds were put to germinate at constant temperatures of 25, 30, and 35 °C on paper towel moistened in distilled water (0.0) and NaCl solutions at 0.2, 0.4, 0.6, 0.8 and 1.0 MPa. The results were evaluated in terms of germination percentage and germination speed index, seedling (root and shoot) length, and total dry matter. P. moniliformis seeds were able to germinate under temperatures of 25 and 30 °C and tolerate osmotic potentials of up to -0.6 MPa; from this point on, there is progressive decrease in the physiological quality of seedlings.